Pode ser louco isso, mas ás vezes acho que deixamos de usar a nossa Inteligência e isso me deixa preocupada.“Desenvolvemos uma capacidade grande de entender e criar novos modelos para Inteligência Artificial, mas não investimos o mesmo tempo para desenvolver os seres humanos. “
Essa é uma passagem do livro 21 Lições para o século 21, do históriador Yuval Harari, lançado em 08/2018.
O livro tem como objetivo de responder às questões sobre: o mundo hoje, qual é o sentido mais profundo desses eventos e como podemos individualmente nos guiar através deles.
E quero dividir neste artigo, algumas impressões que tenho percebido sobre esse MUNDO ATUAL.
De todos os seres humanos, o Homem é o que tem a capacidade de ser inteligente, de conectar o que vê, sente e intui, relacionando tudo com as suas emoções e colocando em prática.
É isso que nos diferencia dos animais.
Sabemos o que é certo, o que é errado e seguimos o nosso caminho com a convicção e consciência de nossas escolhas.
Há muito tempodeixei de ver TV, principalmente notíciarios que só divulgam desgraça.
Sei que é esse o mundo que vivemos, mas como um ser pensante e dono das minhas escolhas, tenho a opção de não permitir que essas “energias” entrem no meu dia a dia.
E quais são as escolhas, que você faz diariamente?
Quem me conhece sabe o quanto eu amo redes sociais, e uso de forma constante o Linkedin e Instagram, para ensinar as pessoas e aprender também.
E cada vez mais eu me supreendo, com o que encontro.
De um lado temos 12 milhões de desempregados, do outro Recrutadores que não conseguem preencher suas vagas.
Mas Priscilla, o que isso tem a ver com inteligência?
Simples, hoje o mercado necessita de profissionais que saibam usar o seu QI, e não estou falando de indicação e sim, de QUOEFICIENTE DE INTELIGÊNCIA.
Para esclarecer, o termo QI é o dimensionamento da inteligência humana em relação a sua idade.
Começou a ser estuda no século XX pelos franceses Alfred Binet e Theodore Simon, onde eles queriam avaliar o potencial cognitivos dos estudantes e descobrir quem tinha uma defasagem de aprendizagem, para auxílio.
Não sei se você já ouviu, falar, mas existe também a inteligência fluída, que não avalia o quanto sabemos e sim sobre a capacidade de ser criativo no momento de resolver problemas.
Como anda a sua?
E ai, que pode mora o perigo para a sociedade que vivemos.
PARAMOS DE PENSAR!
Ah Priscilla, você está sendo exagerada?
Estou? Pode ser.
Então análise comigo:
Cenário1: João, me disseram que no Linkedin tem vagas, vai para lá que você vai conseguir recolocação. Ai o João vem, faz o seu perfil “meia boca”, senta e fica esperando a tão sonhada vaga…Depois de um tempo, João fica frustado porque não consegue nada e diz que a culpa é da crise e da plataforma.
Bom, Linkedin não é para encontrar vagas. É uma rede social criada com o objetivo de conectar profissionais (veja a missão do Linkedin), trocar melhores práticas, vender e comprar serviços, divulgar a marca da sua empresa, a sua marca pessoal, além de compartilhar conhecimento.
Com isso, os Recrutadores descobriram por aqui, a melhor forma de encontrar os profissionais que precisam, até por que quem usa a plataforma, são profissionais: qualificados, que sabem usar a plataforma, sabem o seu valor, seu diferencial dentro da sua atividade, dentre outras qualidades.
Posso dizer que o Recrutador da sorte algumas vezes.
Cenário 2: Gislene, reclama que ninguém quer falar com ela, que manda inbox e que ninguém responde. Reclama também dos processos seletivos que participa, dos inbox dos indianos, da humanização e empatia das pessoas. Afirma que quando trabalhava não gostava de almoçar junto e nem participar de happy hour. Que Networking é esse? – ela fala. Mas ao mesmo tempo, Gislene não cumprimenta as pessoas na rua, não publica nada no seu perfil, tem medo de gente, porque em uma dinâmica não se sente a vontade, não vai a eventos e quando manda pedido de conexão já manda junto o seu currículo.
Networking é relacionamento.
Relacionamento é uma vida de mão dupla, feita on e off line. Não da para fazer somente com uma pessoa e muito menos sem se expor. É preciso doar, sem esperar que o outro fará o mesmo por você.
É participar de eventos, palestras, cafés, roda de conversa informal para aprender com o outro e entender se em algum momento você pode ajudar com algo.
Cenário 3: Em sua maioria, terminamos no Ensino Médio, somos todos formados, pós graduados, com vários idiomas, certificações, porém não conseguimos interpretar um simples texto com 500 palavras, perguntar algo, passar em provas de português, matemática e raciocínico lógico.
Não sei se você sabem, mas seguindo ENADE 29% das pessoas são consideradas analfabetas funcionais, por isso.
Podem me chamar de chata (reconheço que sou), mas cada vez mais, é díficil conversar com as pessoas, principalmente por palavras e isso não tem a ver nada com idade, pessoas de um modo geral.
Primeiro porque não entendem o que está sendo solicitado, argumentam como se fossem os “danos da verdade”, não respeitando a opinião do outro, questionam o que já foi dito, e com certeza, perdem a oportunidades de fazer as perguntas certas, para as pessoas certas.
E isso precisa ser levado em conta, porque ninguém tem tempo a perder (outro mal do século).
Enfim…
Vou parar por aqui, porque se fosse enumerar todos os exemplo que considero importante, ficaria aqui uma eternidade e esse não é o foco.
O que desejo é que você repense no seu dia a dia e nas pessoas que estão a sua volta.
Por que isso pode não acontecer contigo (Graças a Deus), mas pode estar com alguém bem próximo e cabe da um toque, né?
E sabe porque me preocupo em dividir isso com você?
Tenho receio (e muito) com a seguinte cena: O mercado aquecendo, vagas sendo abertas e as empresas tendo dificuldade de preencher, praticamente um apagão de candidatos, o que já acontece hoje, já que profissionais em uma entrevista, não sabem mencionar os resultados que tiveram e nem o seu diferencial em sua atividade.
E não estou falando de super heróis e nem unicórnios como muitos falam, estou falando de profissionais reais que:
- Não se qualificam ( e aqui entra cursos online, livros, lives, videos, palestras, eventos, cursos presencial, congressos, mentorias)
- Não tem pensamento crítico: pensar se aquilo pode ser feito de forma diferente e o que pode estar acontecendo.
- Que dão desculpas para tudo.
- Que não ousam, não se arriscam.
- Que não trabalham por propósito, e simplesmente pela sua subsistência (dinheiro).
- Que não tem sonhos.
- Que não planejam a sua carreira.
- Que não são protagonistas da sua vida.
- Que não se valorizam.
Eu por várias vezes, fico me questionando em como posso fazer algo diferente, qual contéudo que posso trazer, como posso colaborar com mais pessoas.
E sou igual a você… Estive por 16 anos em uma empresa, fui desligada, sofri por vergonha de falar que era desempregada (termo que não gosto de usar) e me reinventei.
Não estou dizendo que todo mundo precisa empreender, não é esse o caminho.
O que estou dizendo é que precisamos pensar, em como o nosso conhecimento, toda a nossa experiência deve ser posta ao nosso favor em prol das pessoas e empresas. O que eu ainda preciso ainda aprimorar, no que eu sou bom.
Ouvir de um profissional com mais de 10 anos de experiência, dizer que não tem o que ensinar as pessoas? Que tem dificuldade de falar dos resultados que alcançou? Me deixa preocupada.
E me pego pensando: Será que nos últimos 10 anos foram de experiência mesmo, ou apenas uma repetição diária do que você aprendeu nos primeiros anos naquela atividade? Viveu esse tempo todo no piloto automático, sem parar e sem pensar?
Se você vive assim? Só tem uma solução:
MUDAR ISSO AGORA!
Só assim você irá sobreviver ao mundo que te espera.
Quando você acabar de ler esse pequeno artigo.